"A Genética Fracassou?"

10-09-2010 11:04

A reportagem de capa de setembro de 2010 da Revista Super Interessante é sobre as dificuldades que a tão esperada revolução da ciência quanto ao mapeamento do genoma humano, em 2000, acabou esbarrando. Não se esperava encontrar tanta complexidade, o que nos parece reforçar a ideia de que quanto mais se aprofunda a observação e conhecimento dos mecanismos da vida, especialmente a humana, reconhecem-se sutilezas que conduzem a estruturas cada vez mais reveladoras da inteligência e totalidade psíquica proveniente de uma essência diretriz espiritual. Afinal de contas, a raíz de muitos problemas penetra em paragens mais profundas das entranhas do ser.

Veja as quatro descobertas relacionadas pela Super que desconcertaram as certezas de uma nova revolução que levaria à cura do câncer, do mal de Parkinson, e de tantos outros flagelos para a saúde.

1- Acreditava-se que cada gene fabricava uma única proteína, mas a verdade é que cada gene pode produzir várias delas.
Os genes têm a nobre função de fabricar proteínas, que são as responsáveis por regular tudo o que acontece no nosso organismo – da absorção de gorduras à determinação de características pessoais como a cor do cabelo. Até aí, tudo certo. Mas acreditava-se que cada gene fabricava uma só proteína. Isso significa que, se os cientistas identificassem cada gene com a proteína correspondente, seria possível saber exatamente em qual deles precisaríamos mexer quando ficássemos doentes. Simples. O problema é que se descobriu que um gene pode estar ligado à produção de várias proteínas, o que complica tudo.

2- Os genes não agem sozinhos, como se pensava.
As células definitivamente são mais complexas do que se imaginava. Além de poder produzir várias proteínas, um gene ainda pode interagir com outros genes não só para fabricar outras proteínas, mas também para dar novas funções a células. Por serem relações tão complexas, fica difícil (ou até impossível) identificar e alterar um único gene pra curar ou evitar uma doença – a menos que se trate de doenças raras que afetam realmente um gene específico.

3- O chamado “DNA lixo”, antes considerado inútil, na verdade regula a interação entre os genes.
Os genes são raros no DNA: a maior parte da espiral é formada por trechos que não fabricam proteínas. Mas estudos aprofundados revelaram que esse DNA lixo não é nada inútil e não pode ser desprezado. Pelo contrário: ele é uma espécie de chefão dos genes, regulando a interação entre eles. Problemão para a genética, que agora também precisa dar atenção especial a esse material outrora renegado.

4- O código genético não é imutável.
Pois é, meu caro. Não pense que o seu belo código genético está imune a tudo e ficará para sempre do jeitinho em que está. O sistema imunológico pode agir sobre os seus cromossomos e ativar ou desativar combinações de DNA. Isso quer dizer que algumas doenças podem ser realmente imprevisíveis e, mesmo se não forem, não daria para confiar 100% em um tratamento que afete o DNA, já que ele também pode não ser permanente.

 


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